Mineração urbana: saiba seus conceitos e como aderir iniciativas socialmente responsáveis


Mineração urbana: saiba seus conceitos e como aderir iniciativas socialmente responsáveis
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Mineração urbana: saiba seus conceitos e como aderir iniciativas socialmente responsáveis


Todos os anos, milhões de toneladas de lixo eletrônico são gerados no mundo. Neste cenário, a mineração urbana surge como uma alternativa promissora de investimento e de prática alinhada aos objetivos de sustentabilidade.

A exploração intensiva de matérias-primas gera preocupações em relação à sustentabilidade do planeta e ao esgotamento dos recursos naturais.

Além disso, o uso dos recursos naturais não apenas causa impactos negativos e poluentes no meio ambiente, como também pode prejudicar a saúde humana.

Por essa razão, a geração de resíduos eletrônicos se tornou um desafio para as práticas socioambientais globais e adotar iniciativas socialmente responsáveis deve se tornar prioridade nas organizações.

Quer conhecer mais sobre essa prática e como adotar iniciativas para os negócios e para a tecnologia da informação? Continue a leitura e descubra como a mineração urbana pode contribuir para um futuro mais sustentável e econômico.

Leia neste artigo:

-    O que é mineração urbana;
-    A mineração urbana no Brasil e no mundo;
-    O processo do descarte ecológico e da mineração urbana;
-    Legislações e regulamentações;
-    Os benefícios e as garantias da mineração urbana;
-    Um futuro sustentável para os negócios;
-    Material exclusivo de práticas ESG da CONTEXT.

 

Para começar: o que é mineração urbana?

A mineração urbana trata-se de um conceito que se refere à recuperação e ao reaproveitamento de materiais valiosos presentes em resíduos eletrônicos e outros produtos descartados nas áreas urbanas.

Essa abordagem busca extrair metais preciosos e raros, como ouro, prata, cobre e platina, de dispositivos eletrônicos obsoletos, como smartphones, computadores e televisores. 

Desta forma, diminui a necessidade de extração de novas matérias-primas e minimiza os impactos ambientais associados.

Nos negócios, essas ações têm se tornado, cada vez mais, relevantes à medida que as empresas buscam alternativas sustentáveis e economicamente viáveis para a obtenção de recursos.

Além de reduzir os custos de produção e contribuir para a economia circular, ela também ajuda as organizações a atender às demandas ambientais, por parte dos cientes, investidores e reguladores.

De acordo com o relatório UN Global E-waste Monitor 2020, a quantidade de resíduos eletrônicos gerados globalmente deve atingir cerca de 74 milhões de toneladas em 2030, o que representa um enorme potencial para a mineração urbana.

Além disso, um estudo da Reportlinker apontou que o mercado global de mineração urbana deve crescer 13,12% até 2027.

 

A mineração urbana no Brasil e no mundo

No Brasil, apesar de ainda ser pouco explorada, essa ação tem grande potencial por meio da adoção de políticas e iniciativas voltadas para a reciclagem e o descarte correto de resíduos eletrônicos.

Países como a Suécia, o Japão e a Alemanha têm implementado políticas de retorno e reciclagem de produtos eletrônicos, o que incentiva a coleta e o tratamento adequado desses materiais.

No território nacional, leis como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece diretrizes para o gerenciamento e o descarte de resíduos, incluindo os eletrônicos.

Um exemplo de sucesso é o ciclo de reciclagem de alumínio no país, considerado um dos mais eficientes do mundo, com taxas de reciclagem próximas a 97%.

A nível global, outra abordagem importante é a TI verde, que abarca práticas sustentáveis na área da tecnologia da informação, a partir do uso de energia renovável e a adoção de equipamentos com maior eficiência energética. 

Somado a isso, campanhas de conscientização, programas de capacitação e iniciativas acadêmicas têm sido implementadas ao redor do mundo para disseminar conhecimento sobre sustentabilidade e incentivar a adoção de práticas responsáveis no consumo e no descarte dos eletrônicos.

No entanto, o conceito ainda caminha a passos lentos. Aos poucos, a mineração urbana se consolida como uma alternativa sustentável e promissora no Brasil e em outros países, já que contribui para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento econômico.

A adoção de ações ESG, como a TI verde, o descarte correto de eletrônicos e a promoção da educação ambiental, são fundamentais para impulsionar essa tendência.

 

O processo do descarte ecológico e da mineração urbana

O processo de descarte ecológico e o de mineração urbana envolvem diversas etapas, desde o abandono até a reutilização ou destinação final dos materiais. Abaixo, apresentamos as principais fases desse processo:

1.    Descarte

Destinação correta dos resíduos eletrônicos por parte dos consumidores e empresas. Isso inclui a entrega dos equipamentos obsoletos ou danificados em pontos de coletas específicas ou a participação em programas de retorno promovidos pelos fabricantes.

2.    Triagem

Após o descarte, os resíduos eletrônicos são encaminhados para centros de triagem, onde são separados de acordo com seu tipo e composição. Essa etapa é fundamental para facilitar a recuperação de materiais valiosos e garantir a segurança do processo.

3.    Separação

Os resíduos eletrônicos são separados em seus componentes básicos, como metais, plásticos e vidro. O processo pode ser realizado por meio de técnicas manuais, mecânicas ou químicas, dependendo do tipo de material e das tecnologias disponíveis.

4.    Reutilização e reciclagem

Os materiais recuperados, como metais preciosos e raros, podem ser reutilizados na fabricação de novos produtos ou reciclados para a obtenção de matérias-primas secundárias. 
A reutilização e reciclagem contribuem para a economia circular e reduzem a demanda por recursos naturais.

5.    Destinação final

Os materiais que não podem ser reutilizados ou reciclados são encaminhados para a destinação final adequada, conforme as legislações e regulamentações locais. Isso pode incluir aterros sanitários, incineração ou outras formas no tratamento de resíduos.

 

Legislações e regulamentações

Diversos países já adotaram ações legais e incentivos governamentais para estimular o descarte ecológico.

Além da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), mencionada anteriormente, também existe a Diretiva sobre Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (WEEE) na União Europeia e a Lei de Reciclagem de Recursos Circulares e Resíduos Eletrônicos na Coreia do Sul.

Essas legislações estabelecem metas de reciclagem, responsabilidades compartilhadas entre fabricantes, distribuidores e consumidores, e diretrizes para o gerenciamento e destinação adequada dos resíduos eletrônicos.

Além das ações legais, incentivos governamentais como subsídios, financiamentos e programas de capacitação também são importantes para fomentar a adoção de práticas sustentáveis e ações fundamentais para as gerações futuras.

 Com a crescente conscientização sobre a importância do descarte ecológico, espera-se que mais países adotem medidas e iniciativas para promover a sustentabilidade e proteção ao ecossistema. 

 

Os benefícios e as garantias da mineração urbana

O descarte correto dos eletrônicos traz uma série de benefícios e garantias, tanto para o meio ambiente quanto para os negócios.

 No quesito ambiental, podemos destacar:

-    Redução do consumo de recursos naturais: diminui a necessidade de extração de novas matérias-primas, logo conserva os recursos naturais e reduz a pressão sobre o meio ambiente.
-    Diminuição da poluição: reciclar e reutilizar os materiais ajuda a reduzir a poluição gerada pela extração e processamento das matérias-primas, além de minimizar a quantidade de resíduos eletrônicos em aterros sanitários.
-    Redução das emissões de gases de efeito estufa: a recuperação e reciclagem de materiais contribuem para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, ajudando a combater as mudanças climáticas.

Já as empresas podem se beneficiar com:

-    Redução de custos: é possível obter matérias-primas a preços mais baixos do que os recursos naturais extraídos.
-    Credibilidade da marca: as empresas que adotam práticas sustentáveis tendem a ganhar maior credibilidade e confiança por parte dos clientes, investidores e parceiros comerciais.
-    Atração de novos investimentos: a adoção de práticas sustentáveis e responsáveis pode atrair investimentos e instituições financeiras que valorizam e priorizam critérios ESG.
-    Melhoria na logística e administração dos negócios: a implementação de sistemas de gestão de resíduos eletrônicos pode otimizar a logística e administração dos negócios, o que facilita o cumprimento de regulamentações e a identificação de oportunidades de melhoria.

 

Um futuro sustentável para os negócios 

A crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade e da responsabilidade ambiental impulsiona a necessidade do alinhamento das práticas empresariais.

A mineração urbana e o descarte correto dos eletrônicos são exemplos de ações que contribuem significativamente para um futuro sustentável, tanto para os negócios quanto para o planeta.

Organizações que buscam prosperar a longo prazo devem incorporar práticas sustentáveis em suas estratégias e operações para a preservação do meio ambiente.

Dessa maneira, um futuro sustentável para os negócios está diretamente relacionado à capacidade das empresas de se adaptarem e abraçarem práticas ESG.

Essa abordagem não só beneficiará o meio ambiente, como também fortalecerá a resiliência, a reputação e o desempenho das organizações no cenário global.

Vamos continuar conversando sobre o assunto? Baixe o material exclusivo de práticas ESG da CONTEXT e descubra escolhas ativas e sustentáveis para a progressão da sua organização. 

Garanta a sustentabilidade dos seus negócios e o futuro para as gerações que virão!